O Alienista é uma célebre obra literária do escritor brasileiro Machado de Assis. Para alguns especialistas, trata-se de uma novela, outros o consideram um conto. A maioria dos críticos, porém, considera a obra uma novela por causa da sua estrutura narrativa.
Publicado em 1882, quando aparece incorporado ao volume Papéis Avulsos, havia sido publicado previamente em A Estação (Rio de Janeiro), de 15 de outubro de 1881 a 15 de março de 1882.
Simão Bacamarte é o protagonista. Médico conceituado em Portugal e na Espanha, decide enveredar-se pelo campo da psiquiatria e inicia um estudo sobre a loucura e seus graus, classificando-os. Instalou-se em Itaguaí, onde funda a Casa Verde, um hospício, e abastece-o de cobaias humanas para as suas pesquisas.
Passa a internar todas as pessoas da cidade que ele julgue loucas; o vaidoso, o bajulador, a supersticiosa, a indecisa, sendo que na verdade eram apenas comportamentos, às vezes, estranhos.
Durante a trama, a opinião das pessoas sobre a Casa Verde irá mudar inúmeras vezes, por vez apoiando Simão Bacamarte, e por vez querendo matá-lo. Tão revolucionária foi essa história que a Casa Verde chega a mudar até a política da cidade
Dr. Simão Bacamarte - É o protagonista da história. A ciência era o seu universo, vivia estudando. Representa bem a caricatura do tiranismo da ciência no século XIX. Construiu a Casa Verde para materializar suas ideias, mas acabou se tornando vítima delas, recolhendo-se à Casa Verde por se considerar o único cérebro bem organizado de Itaguaí.
D. Evarista - Mulher de Simão Bacamarte, "não era tão bonita nem simpática", mas foi escolhida por Simão Bacamarte por ter características que a deixavam apta a dar filhos robustos e inteligentes a Simão, mas acabou por ser estéril[carece de fontes]. Passou pela Casa Verde, quando teve um momento de distúrbio psicológico.
Crispim Soares - O boticário, amigo de Simão, era admirador das pesquisas de Simão Bacamarte, chegando até a dar ideias a ele. Foi preso na Casa Verde por apoiar o barbeiro em um momento crítico.
Padre Lopes - Era homem de muitas virtudes, mas justamente por este motivo foi recolhido à Casa Verde. Mais tarde, foi posto em liberdade depois que traduziu obras do grego e do hebraico, mesmo não sabendo nenhuma dessas línguas.
Porfírio, o barbeiro - Ele lidera a rebelião contra a Casa Verde, conseguindo assim chegar ao poder na cidade, mas depois mostra que ele tinha apenas ambição pelo poder, pois nega-se a colaborar com uma segunda rebelião.